O Poder da Marca Própria
Vivemos em um ambiente repleto de produtos que carregam marcas de todo tipo. Muitas vezes nos incomoda o excesso de suas presenças no dia a dia.
Porém, sabemos que quando temos que tomar alguma decisão de compra, fatalmente a primeira coisa que passa em nossa mente é uma marca forte. Esse impulso foi construído ao longo do tempo por propagandas, recomendações, experiências, etc.
Entre elas existem marcas próprias que só iremos conhecer quando formos a um estabelecimento. Quando chegarmos lá seremos apresentados a essa nova marca e aí começará uma nova experiência.
A marca própria será oferecida pelo balconista, pois ele é fator importantíssimo na comercialização. É ele quem irá ser o agente formador de opinião para o consumidor e o aplicador.
Além disso, o preço menor ofertado, em relação à marca líder, será outro fator na escolha. Normalmente ele se situa 10% abaixo e apresenta a mesma segurança para o consumidor, com relação a garantia e aplicabilidade do produto.
O lojista por sua vez, terá uma rentabilidade maior e sempre que possível induzirá o consumidor para que ele compre essa sua marca própria.
A construção do poder dessa marca própria levará algum tempo e será propagada da mesma forma como qualquer outra, ou seja, experimentação, recomendação, preço, etc. Bom para o consumidor, para o lojista e também para o aplicador.
Porém, para os fabricantes, a situação fica mais complicada. Eles terão agora um novo concorrente: a marca própria de um importante lojista.
O fabricante terá, portanto, três opções:
1. Fazer a marca própria para o lojista
2. Continuar a fornecer sua marca, com ênfase nos seus produtos inovadores
3. Parar de fornecer a sua marca para o lojista
Em relação à primeira opção, é uma decisão muito difícil de ser tomada e dependerá muito do perfil do lojista em questão e da capacidade ociosa de sua fábrica. Conheci fabricantes que se deram bem e outros que se deram muito mal.
Na segunda opção, a marca própria raramente trará Inovações. Além disso, a construção de uma marca própria leva muito tempo e o lojista poderá desistir de tê-la. Nesse momento, o retorno de sua marca será mais fácil se você já estiver presente.
Uma história muito comum no mundo das tintas decorativas acontece quando os lojistas crescem de tamanho. Começam com uma loja, abrem-se outras e na sequência decidem ter sua marca própria ou dedicada.
Posso citar como exemplo a Sherwin-Williams. Ela começou vendendo tinta e após alguns anos decidiu fabricar a sua própria tinta com sua própria marca em suas lojas próprias. Posteriormente decidiu revender outras marcas a lojistas independentes.
Existem no Brasil outros exemplos muito parecidos ao da Sherwin-Williams, porém com algumas variações. Alguns vêm obtendo sucesso enquanto outros desejariam nunca ter escolhido esse caminho. Ao empresário lojista caberá a escolha da melhor estratégia para crescimento de seu negócio.